As diferenças entre meninos e meninas

Antes de completar seus primeiros 10 anos, não existem grandes diferenças entre meninos e meninas, exceto pelas diferenças externas, impostas por seus pais. Ao final da adolescência, as diferenças são enormes, com os jovens homens tentando aprender o que é PUA, enquanto as jovens mulheres têm como foco encontrar o amor verdadeiro.
Quando é que essas diferenças aparecem? Apesar de todos termos passado por esta mesma transição entre as fases infantil e adulta, não há muito pensamento consciente a respeito dela. As meninas simplesmente aceitam que devem focar-se em procurar uma carreira de sucesso, manterem-se jovens para sempre, e encontrarem o amor romântico perfeito que vai lhes trazer felicidade por toda a eternidade. Estou sendo sarcástico, mas o mesmo ocorre com os meninos. Eles (nós) engolimos sem questionar todas os preconceitos que nos estão sendo ensinados. Acreditamos que não há forma de se aprender como chegar em uma menina, que temos que ser gentis e esperar pela boa vontade de alguma menina feiosa, por que as bonitas já estão todas ocupadas com os jogadores de futebol e homens ricos.image

Não é razoável esperar que as meninas e os meninos consigam se defender de uma sociedade inteira.
Mas há um ponto, escondido em algum lugar da adolescência de cada pessoa, em que tudo muda. Este ponto crucial marca o momento em que deixamos de ser o que nos dizem que devemos ser. É o ponto da rebeldia. Na verdade, esta rebeldia é velha conhecida de psicólogos e educadores, mas a experiência que eles têm parece embotar sua percepção. A rebeldia adolescente não é uma rebeldia completa: ela é uma espécie de rebeldia de butique. O adolescente rejeita seus guias, pois já criou um substituto interno com a mesma função.
Ao invés de seus pais e professores, o adolescente – seja menino ou seja menina – descobre que possui as mesmas faculdades de seus pais. Em vez de continuar delegando a função de carrasco para seus pais, ele ou ela resolve internalizar o seu carrasco. Isso começa com um certo senso de liberdade, mas depois cede lugar à opressão característica da vida de todo adulto. Não há nenhuma distinção absoluta entre um e o outro, não há absolute distinction.

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